Compositor: Roberto Musso
Não falem seu nome, não
Bata na madeira e queime incenso
Olha quem está chegando, olha quem vem aí
É ele, o Yeta, que agita ninhos de vespas
Que todo mundo diz que é um pássaro de mal agouro
Sua presença arruína qualquer festa
E sempre que invocado uma desgraça aconteceu
Eles dizem que é assim, assim foi e será
E que atrai o desastre como um ímã
Não deixe que nos veja e nem que nos toque
Que nem pense em cumprimentar ninguém
Não vão gritar seu nome
Porque chama a fatalidade
Não falem o seu nome, não
Tudo que ele toca se destrói
Como o rei Midas, só que ao contrário
Foi ele, o acusam quando algo grave acontece
Mas a verdade é que ninguém realmente sabe se ele sabe
Quando sua fama começou? Como o boato se espalhou?
Quem foi o primeiro que estigmatizou?
Porque uma vez marcado, sempre o culparão
Quem se torna pedra, como pedra morrerá
Por toda a vida suportará esse peso
E esse peso vai acabar com ele
E um pouco brincalhão, um pouco sério
Ele vai ser alvo de uma risada cruel
Não falem seu nome, não
Não existe explicação e é irracional
Como na inquisição, caçando bruxas por caçar
E quem disse que não, também será uma
Sem justificativa, outro inomeável a temer
Vamos nos esconder em um saco quebrado
A covardia de não aceitar
Jogando a culpa nos outros
Pelas coisas que nos deixam mal
Não falem seu nome, não